O humorista Leo Lins foi condenado pela Justiça Federal a 8 anos e 3 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, por discursos considerados preconceituosos em seu show “Perturbador“, de 2022. A decisão da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo ainda prevê o pagamento de multa equivalente a 1.170 salários mínimos, além de uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.
O processo ocorreu após pedido do Ministério Público Federal, que destacou o conteúdo ofensivo das piadas feitas por Leo Lins, envolvendo temas sensíveis como racismo, abuso sexual, gordofobia, zoofilia e pedofilia.
O humorista também citou celebridades, tragédias e crimes — entre eles, o incêndio na Boate Kiss — o que, segundo a Justiça, ampliou o alcance e a gravidade das ofensas.
Receba atualizações em primeira mão!
A juíza responsável pela decisão ressaltou que a liberdade de expressão não pode ser usada como escudo para disseminar discursos de ódio. Além disso, o amplo compartilhamento do material pela internet, que atingiu diversos grupos sociais, agravou a pena.
Defesa do humorista
Em nota oficial, a defesa de Léo Lins classificou a decisão como “um triste capítulo para a liberdade de expressão no Brasil”. Os advogados criticaram a severidade da pena, comparando-a às sanções aplicadas a crimes como tráfico e homicídio.
Apesar da condenação, a equipe jurídica garantiu que irá recorrer e confia na reversão da sentença em segunda instância.